segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Talvez perdido, sem rumo. Talvez eu só esteja indo em direção à Nebraska.

"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"

Alô... É você? Não fala nada até eu terminar, por favor, eu vou ser bem direto. Estou te deixando. Acabou. Não sinto mais teu toque. Não me lembro do seu cheiro. Não te tenho mais presente em mim. É como se você não estivesse aqui. O que estou dizendo? Você nunca esteve. You and I baby, foi você quem não entendeu o que isso quer dizer, agora estou indo embora sem você. Imaturo. Egocêntrico. Acomodado. Idiota. Idiota. Idiota. Não vê como sou louco por você? Eu fiz tudo que eu podia, aguentei mais que o meu limite, e eu faria muito mais. Está ouvindo? Muito mais. Eu só estou indo embora por sua causa, por ser assim que você prefere. Você está aí? Fala alguma coisa. Não, é melhor não, das poucas coisas que eu guardo a minha melhor lembrança é a sua voz dizendo “Eu te amo”. Eu também te amo, porra. Não vamos estragar isso. Sabe, eu não sei se você está totalmente errado, ou totalmente certo em não querer deixar os outros de lado, eu só sei que você não passou nem perto de ser totalmente meu. Eu só fiquei com medo em que chegássemos ao ponto em que não fossemos nada um do outro. Não, não fale nada ainda, eu sei exatamente que você vai falar que é isso que eu estou fazendo. Eu digo que talvez, porque quando temos medo podemos fugir ou encarar, de certa forma eu estou fazendo as duas coisas. Sei lá, quem sabe um dia a gente da certo, nós só não podíamos continuar assim, sozinhos, quando éramos dois. Eu vou desligar tudo bem? Você quer falar alguma coisa?
...
Não, tudo bem. Adeus.
...
Eu só queria dizer mais uma coisa. Desde o começo eu só queria que você tivesse me pedido pra ficar, que tudo iria se resolver, que tivesse dado qualquer desculpa. Eu só queria escutar de você que a gente ía dar certo agora, não que você tivesse desligado o telefone. Eu te amo, mas você nem está mais me escutando.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Fragmento





Às vezes eu tenho vontade de ir correndo até você, te dar um beijo, dizer que te amo, assim sem esperar nada, nenhuma retribuição ou qualquer coisa que pense que posso estar esperando e ir embora para que não penses que sou um completo apaixonado, carente de amor, quando na verdade só preciso acabar (diminuir) essa vontade insana que tenho de você. E a culpa de tudo isso é tua, por me teres nas mãos e me deixares tão sozinho com minha imaginação tão pouco lúcida. Cara, é a segunda vez que me descrevo como louco, será que cheguei a esse ponto? Louco pelo desejo de ter você aqui, por não entender porque estamos tão longe, se nos damos tão bem juntos. Por cada defeito teu, e é claro que por todas as suas peculiaridades. Pela vontade que tenho em sair de mãos dadas com você as três, as quatro e as cinco, não obstante te beijar a todo o momento, te entrelaçar entre meus braços para que nunca mais saia, e te amar de manhã enquanto ainda chove, de tarde na hora certa em que o sol está ali para iluminar o seu rosto, e de noite porque faz frio e eu posso me aquecer junto a teu corpo. E te amar só porque tudo isto poderia ser bonito.

sábado, 15 de outubro de 2011

III

Esqueceste? Assim tão facilmente? Como é difícil menina viver num mundo cheio de lobos, é perigoso. Como a gente se engana ao pensar que é mais fácil seguir pelo atalho. Perdi o juízo, imaginei que por acaso andávamos juntos, lado a lado, mas esqueci que sempre alguém dá passos maiores. Vai já que perdeste o medo de andar sozinha, vai. Vai enquanto eu tenho amor por ti.




Ela tinha dito que iria ficar, no entanto, ao abrir meus olhos nada mais - de nós, dela, de mim, de porra nenhuma. Malas feitas, o travesseiro intacto e um bilhete: “Eu só estou tentando ser feliz, não que eu não tenha sido até agora, mas é que acho que estou esquecendo como é ter fé. Eu queria tanto ser como você, que acredita todos os dias que amanhã será outro dia e tudo pode começar de novo”. O que eu podia dizer? Ela se foi. Eu podia gritar, podia ir atrás dela, podia, mas fiquei ali parado, lendo inúmeras vezes aquele adeus escrito sobre um guardanapo velho. E foi o que sobrou de repente... Um guardanapo velho. E chorava, e ria, e chorava, e ria, e sentia tanta raiva e tudo isso na esperança de ainda não ter acordado. E passei o dia todo assim, engolindo a seco a sensação de perda. O meu amor, e onde estão os bons modos? A gente poderia ao menos ter tido mais uma noite, ou só um beijo, um aperto de mão já bastava. Não vês que assim me condena a saudade sem chance alguma de redenção? Ah minha menina eu precisa tanto que você também precisasse de mim. E de uma hora pra outra me pego pensando – O quanto eu te amei? O quanto você sabia que eu te amava? – Por um acaso meu bem eu teria passado tempo demais sofrendo pelo seu amor e esqueci de dá-lo a você. Fui te deixando só, da maneira como queria, e fui amando cada vez mais a solidão ao invés de amar você. Amei incondicionalmente o amor que eu tenho por você. Eu passei tanto tempo implorando por você, quando eu mesmo te afastava por medo. Como podemos ter ido tão longe errando tanto?







Talvez eu ame menos. Talvez me torne mais frio. Ou talvez eu ame mais, da maneira certa (se existir). Talvez eu ame Ana, talvez eu seja como Pedro. Talvez eu tenha esquecido. Talvez eu tenha medo, eu tenho medo. Ou talvez eu ganhe uma coragem que me torne incrivelmente forte. Talvez eu volte. Talvez eu fique. Talvez amor não fosse pra ser escrito, somente vivido e tomara que eu viva mais daqui pra frente.


Ana: E se não for pra sempre? Você promete que vai me ver todos os dias pra me dar jujubas?
Pedro: Acho que sim, não sei, eu não pensei nisso.
Ana: Pedro se um dia eu for embora você promete que vai me buscar?
Pedro: Se você prometer não ir tão longe. Por que você está fazendo tantas perguntas?
Ana: Toma.
Pedro: Um guardanapo?
Ana: Leia...





“Eu acho que também gosto muito de você”

domingo, 9 de outubro de 2011

II

Partiu. Foi e não volta mais. Deixou-me aqui, e logo agora minha menina que eu tinha esperanças no seu amor. Foi e não volta. Ou volta, sempre volta. Sempre. Esse círculo vicioso de auto destruição que se tornou o meu amor. Por que faz isso? Não vê como meu coração se enche de alegria quando você vem e ao mesmo tempo não percebe como me entristece te ver partir. E não me peça um tempo, eu não vou aceitar, nunca acreditei nessa história que precisamos esperar para sermos felizes. Eu não preciso esperar. Eu não posso. Eu não tempo.



“Virgem- Hoje você começará um novo ciclo, mas para isso é preciso organizar sua vida. Amor- Você se sente perdido (a), mas quem disse que o amor é uma coisa simples? O que também não quer dizer que você tem que complicar...”


Pedro: Acho que hoje o nosso signo foi escrito para você
...
Pedro: Ana, você está bem?
Ana: Pedro, estou indo embora.
Pedro: Embora? Pra onde minha menina? Quer que eu te leve pra algum lugar?
Ana: Não Pedro, eu estou indo pra não voltar mais.
Pedro: Outra vez?
Ana: Pedro, essa vez será a última.
Pedro: Por que insistes em fazer com que eu não te ame mais se meu coração é todo seu? É tão ruim assim o meu amor? Eu nem te peço tanta coisa, só que o trate com o carinho e que fique. Fica vai, esse meu mundinho confuso se perde cada vez mais, cada vez que você se afasta. Mas se ficar for demais, se ficar for mais do que você pode fazer, eu só te peço que me deixe ir contigo. Anda minha menina, diz alguma coisa. Não vê que eu preciso de você? Do seu amor?
Ana: Você está me sufocando Pedro, eu mal consigo dizer que o amo. Como pode alguém ter tanto amor assim? Não vê que estamos longe de sermos perfeitos um para o outro, se é que isso existe.
Pedro: E quem disse que precisamos ser perfeitos? Eu não amo mais que ninguém, eu só aposto tudo que tenho nos seus sorrisos. Não é assim que deve ser pra dar certo? Por que faz isso meu amor? Dizendo que te sufoco me transformas em um assassino. Estou tão enganado assim comigo mesmo? Eu tenho tanto medo de estar sozinho nessa...
...
Pedro: Ana, eu separei essas jujubas pra você, pode levar. Talvez quando você sentir o gosto doce que elas têm você lembre de mim. Elas são vermelhas pra que lembres que só tive amor.
Ana: Por que você ainda me ama?
Pedro: Eu não sei, mas acho que é porque você precisa de mim. Já pensou você sozinha por aí, não acreditando em nada, nem em ninguém. Todo mundo precisa de um pouco de inocência, eu sou a sua. Você fica? Eu também preciso de um pouco mais de coragem.
Ana: Eu fico.

“ Virgem - Se tiveres coragem então arrisque, mas cuidado nem sempre o que pensamos ser o melhor pra nós é o que precisamos“.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

I

Amar? Talvez eu ame um dia, talvez eu já esteja amando, sei lá. Tenho medo desse sentimento burguês. É que a gente erra muito, sempre. Tenho medo de ser desses que não acreditam. Eu temo ao imaginar que posso ser um desses que pensam que amar e sofrer andam juntos. Quem foi que disse isso? É esse sentimento capitalista, que está longe de ser amor, que nos faz querer lucro de quem supostamente “amamos”. Ou você nunca se perguntou o que iria ganhar arriscando nesse sentimento? Amar é sublime e poucos amam. É muito difícil não esperar nada, é quase impossível nos satisfazermos com o suficiente. Aos poucos vamos criando armaduras para nos proteger de nós mesmos, vamos nos tornando mais frios com a desculpa que estamos “amadurecendo” e como consequência estamos deixando de acreditar. Não sejamos hipócritas. Crescer não significa que temos que nos fechar em um mundo sem sonhos, fazemos isso por medo. E perder um medo não significa que estamos amadurecendo?















Pedro: Ana, qual a sua cor preferida no mundo inteiro?
Ana: Vermelho.
Pedro: Ah... A minha é verde. Você gosta de verde?
Ana: Não.
Pedro: É? Eu também não! Estou com sede, você também está com sede?
Ana: Não.
Pedro: Eu também não. Ana...
Ana: Ai Pedro você pergunta demais!
Pedro: Desculpa, mas é que você tem todas as respostas, além disso, você não fala nada.
Ana: Eu estou arrumando o cabelo da minha boneca! Mas tudo bem então pergunta...
Pedro: É que eu só queria saber se você entendeu tudo do filme.
Ana: Entendi. Você não?
Pedro: Na verdade quase, não entendi porque o príncipe e a princesa não ficaram juntos no final.
Ana: Acho que é porque ela não quis.
Pedro: Por quê?
Ana: Deve ter a ver com aquilo que eles falaram...
Pedro: Amor?
Ana: É.
Pedro: Então é essa a minha dúvida, quando eu vou saber que estou amando? Acho que deve ter a ver com essas batidas aqui dentro, eu sinto bastante quando estou com você.
Ana: Nada a ver Pedro! Você não ouviu a outra mocinha falando que pra elas ser feliz teria que esquecer o amor. Acho que deve machucar. Pronto! Decidi acho que nunca quero saber nada sobre isso.
Pedro: Não? Nem comigo? Isso quer dizer que você não gosta de mim?
Ana: Não, mas você faz tudo que eu quero, eu gosto disso!
Pedro: Tudo bem acho que o que eu tenho amor pra nós dois... Toma, eu separei as jujubas vermelhas pra você, as suas preferidas... Ei! Seremos namorados para sempre, não é?
Ana: Acho que sim até hoje ninguém mais me pediu em namoro, mas você tem que ficar quieto um pouco.
Pedro: Tudo bem então... Mas Ana?
Ana: O que foi dessa vez?
Pedro: Eu gosto de você.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Norte e sul quem sabe?

Olá meu amor
Como está tudo por aí? Espero que você tenha se lembrado de organizar suas roupas do jeito que te expliquei! Se eu te conheço bem, ainda nem as tirou da mala. Mas me diz meu amor – Há coisas bonitas para ser ver desse lado? Querido, se permite vou direto ao ponto. Tive outro daqueles sonhos ruins, é outro pesadelo. Nele eu me via presa, envolta por tantas correntes e por mais que eu tentasse escapar, sair do meio de tudo aquilo, eu me encurralava mais. Era como estar numa armadilha, e eu ali feito um animal. Sim, meu bem um animal que o seu único erro foi ter caído numa tentação. Não sei o que tudo isso quer dizer, o que me vem à cabeça é que tenho muito medo de ter tentado, tentado tanto sair dali que se acaso aparecer outra armadilha pelo caminho eu não tenha mais forças pra fugir. Sei lá, me dei conta que quero você aqui, a única explicação (não) lógica pra tudo isso é que preciso da sua proteção. Você sente saudades? E por favor, não diga que não. Não estarmos juntos não significa necessariamente que não podemos ter sentimentos um pelo outro. Mas tudo bem querido se você disser que não, eu cheguei à conclusão que estamos condenados a isso mesmo. Estamos condenados a polos oposto. Norte e sul quem sabe? O que importa é que tentamos, e não me arrependo, seria idiotice não tentar. Acho que você está pensando que estou louca, paranoica, e eu te digo com certeza que você pode estar certo, é por isso que estou aproveitando esses meus últimos momentos de lucidez pra dizer que te amo, que você me fez muito feliz até segundos antes de partir e tudo bem se não voltar eu te deixo livre, da sua maneira. Eu estou te dizendo tudo isso porque por mais que seja difícil admitir, por mais que eu queira estar errada, mas sei que não estou, cheguei à conclusão que não temos motivos pra ficarmos juntos, não era pra ser. Nunca. É por isso que há um espaço imenso entre as pontas, não se pode querer junta-las e se tentarmos temos que lembrar que um nó apenas é muito fácil de arrebentar.
Adeus e seja feliz.
M.
Ps. Há de ter coisas bonitas por aqui também, eu sei, é só eu procurar mais um pouco.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pra qualquer lugar

É perfeitamente aceitável que dessa vez eu fuja, corra em direção contrária a essa confusão de idas e vindas. É preciso querer algo certo. Não pense que é medo, acho que esse é o único sinal que eu dou que consigo ser forte. O passado tentou me tornar alguém mais frio, no entanto continuo aqui feito uma barata tonta só esperando alguém pra pisar em mim como se eu fosse nada, só que não é isso que eu quero, eu quero muito mais e querer é poder sim, tem que ser. Realmente, sabe que me machuca? Saber que posso te fazer feliz, e que você tem certeza disto, mas não amamos quando sabemos isto, não é? Esse é o meu problema, eu só quero te fazer sorrir, porque assim eu sorriria também. Há de ser passageiro, na verdade eu só preciso de uma ou duas semanas, depois desse tempo recoloco essa máscara e fico de pé. Há de se levantar sempre, toda vez que você chega, toda vez que desistir for a melhor opção. Me tornei tão egoísta a ponto de sofrer sozinho, negar pra mim mesmo a mais completa verdade, de não querer que você saiba de mais nada e nem ninguém. Inventei um esconderijo, pra que lá eu possa guardar todo o meu amor, sem que ninguém o tire de mim e onde eu nunca mais possa encontrar. De agora em diante eu só espero uma coisa, que eu não tenha mais que fugir, pois aos poucos vou me perdendo de mim mesmo. E não pense que não levo coragem alguma comigo, te amar é a minha maior prova disso.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cigarro, bebidas e algo que eu não sei



Eu deixei de te querer só pra mim quando percebi que você nunca seria de ninguém. Deixar - Acho um termo errado para isso, ninguém deixa de amar ninguém, você só começa a amar, nunca deixa, amor é um sentimento imutável, ou ama ou não ama. Mas todo mundo pode esquecer, o esquecimento não depende de você, existem mais casos de perda da memória do que todo mundo pensa, sabia? Só depende do tempo, de quantos sorrisos a pessoa ainda te arranca por dia e como você se sente por estar longe, e se esquecer significa que teve um fim, estamos quites, pois ninguém lembra do que aconteceu. Quando disse que te beijar já não tinha o mesmo gosto, era uma metáfora, foi o jeito que eu descobri pra te dizer que você não era quem eu esperava, que em você eu não via mais nada de tudo que eu amei. E é como eu disse o amor é imutável, mas as pessoas não e algumas se perdem tanto em meio a tantas transformações que se tornam outras e aquele amor não pode ser divido em dois, não há trocas. Por tanto eu digo, repito: Eu não te amo, mas aquele amor ainda continua sendo seu e fico feliz por saber que não voltas mais.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

oVR12

Depois de tanto tempo não era mais permitido ver aquela imagem no satélite, mesmo analisando cada uma de suas quatro fases. O bater das asas dentro si era tão pequeno que se tornou impossível à vontade de arriscar em algo incerto.













Negarei, se me perguntarem direi que não, nunca te conheci, nunca estive ao seu lado, nunca. Ou invento qualquer coisa pra dizer que simplesmente não lembro. Eu não queria ser uma s-e-q-u-ê-n-c-i-a-d-e-f-r-a-g-m-e-n-t-o-s-o-r-g-a-n-i-z-a-d-o-s-s-o-b-r-e-a-m-e-s-a, por mais que essa fosse à solução criada por todos aqueles que escolhiam se perder nesse devaneio fictício . Eu não queria ser o apoio d e alguém que já estava

c
a
í
d
o

e mesmo que quisesse você não escolher i a levantar. Posso parecer fraco, mas não, tentei tantas vezes e só consegui falsas promessas, noites nunca intei e a sua melhor declaração de amor: “Te amo” escrito em branco. E depois seria como?
Amor em um caminho de PEDRAS? Um c o r a ç ã o desenhado em suas veias? Ou simplesmente uma flor e o seu fruto? Não. Fui até onde consegui, resssspirei fundo tantas vezes e só consegui sentir, ou melhor, não sentir nada do que construímos, nada de nós e só vi você se per den do do seu sonho e eu perdendo todo o amor e admiração que ainda restavam por você. O que dizer pra alguém que não se preocupa em lembrar o que foi dito
, otief
e sonhado?

E chegar ao extremo de ter que lembrar-te meu nome todas as manhãs.


Partir foi o que restou, com aquele gosto de que poderíamos ter sido muito mais,

mas


deixamos
tudo

PARA trás

e no fim. eu só era a sua válvula de escape entre uma cheirada e outra. Des culpa, mas não existe amor em solidão, aquele
c----e--- h
---o ---l---o
que você dizia ver na lua também não e as borboletas nunca estiveram em seu estômago, devem ter sido suas

aLuciNAções.






quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pedaços de cetim



Eu nos vi quando ainda não existia essa distancia. Eu nos vi tão próximos, e ao mesmo tempo havia algo que só aumentava, algo entre a gente. Com tantos indícios acabamos escolhendo fechar os olhos, e quando abrimos já era tarde demais, o que sobrara não bastava. Ficamos com o pior de nós, com tudo que não tinha importância e as lembranças boas ficaram espalhadas pelo chão, só esperando alguém recolher novamente. E adiantou alguma coisa? Me diz. Alguém voltou para ver se o que ficara não nos traria de volta? Nos trancamos dentro de nós mesmos e nessa fuga desesperada para ver qual dos dois iria ceder primeiro fomos trançando rotas opostas, longe de qualquer tentativa de retorno. Mas eu voltei. Sabe, está tudo do jeito em que deixamos, o pedaço de cetim rasgado ainda continua ali - ele ainda tem teu cheiro - junto com os lembretes nunca vistos, e as lágrimas que não secam nunca, eu voltei a enxergar quase tudo. Voltei na esperança que você também estivesse aqui, eu cedi. Então volta. Volta. Eu cedi e fiz isso por amar cada momento tão nosso, por amar o espaço vazio que não existia, por nos amar. Então volta. Há tempo, se não tiver a gente começa contar de novo até dar certo, qualquer coisa. Você volta, não é? Mas se não voltar, tudo bem, eu espero do mesmo jeito. Eu espero. Ficarei aqui te esperando, porque eu sei, eu tenho certeza que há algo lindo pra gente, eu sei que tem, não foi por acaso tudo isso, tem um motivo, tem que ter. Então volta. Eu espero. Todavia se você continuar aí saiba que enquanto dormir cuidarei de você, pra que só tenhas sonhos bons e não sinta saudade de nós, mesmo longe ou perto se tiveres pesadelos e chorar pelo que não fomos eu te protegerei, até você estiver pronta para seguir novamente. Depois tentarei cuidar de mim, pois sei que há algo lindo pra nós dois, mesmo juntos ou afastados, agora eu sei. Seja feliz, meu amor.




Lucas Ribas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Meu bem



Não abra. Está tudo fechado no momento. Não tente abrir. O mundo lá fora ficou grande demais, eu tranquei tudo, porque não tinha um motivo para permanecer livre. Só se dar asas a quem quer voar e eu já estava com medo, cambaleando pelas beiradas dos prédios e desabando em precipícios. Meu bem, só se da amor a quem ainda não viveu o bastante para se enganar ou se encontrar, que é o mais difícil, que é somente o que eu quero e tento procurar arduamente. Sabe essas marcas? Elas não são nada, apenas significam que eu não encontrei e como aquele autor diz “Cuidado comigo: um dia eu encontro”. O problema das pessoas que tentam voar é que elas querem chegar perto demais do sol. E isso é perigoso meu bem, porque as asas são sensíveis feito o amor. Você tem cuidar, senão você cai. Mas se você não voar de nada adianta, é preciso sentir pra saber até aonde se pode chegar. Está amanhecendo, daqui a pouco é hora de partir, vem chegando uma tempestade e eu preciso encontrar um lugar pra ficar. Quando estiver pronto para se sentir livre, eu volto e já não iremos precisar de asas. Eu terei você, meu amor.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Limitado a saudade


Ninguém acredita, na verdade eu não sei mais como definir. Distante não sinto nada, não há nada, até perto de vez em quando o nada acontece, mas o que me deixa em dúvida, confuso comigo mesmo é aquela saudade repentina, que vem não de tal forma, e quando isso me ocorre eu preciso de uma forma desesperada ir em direção a você, só que em pensamento. Me perco sempre, chego a pensar que você não existe e quando eu caio na real você não existe mesmo. Procuro pelo passado, pelo que foi e não nunca mais vai ser. Eu sempre soube que você mudaria, não queria que fosse tanto, mas não é o que eu quero, o que os outros querem, é o que você quer e isso foi uma coisa que sempre admirei em você. Seus olhos foram os que mais mudaram. Antes eu diria que eram as coisas mais lindas que eu já tinha visto, neles eu enxergava algo bom, algo tão perfeito quanto à lua, agora aos poucos foram ficando normais, apagados. O que me prende a você é o meu medo, eu sinto muito medo, sabia? Eu temo que seja único, que eu não sinta nunca mais algo tão forte quanto senti por você. Fecho todas as portas, fujo desesperadamente até você, pra não me deixar levar, não me permito a sentir algo limitado. Eu tento, tento, tento sempre e paro de tentar quando percebo não ser com a mesma intensidade, e podem dizer o que quiser, que o amor nunca é igual, que temos que aceitar as mudanças, mas então me digam como substituir a lua por uma estrela? E não que eu acho que você seja melhor, e não é. Só que não tem como fechar um espaço grande com paixões ou amores pequenos, sobra entende? E nessas sobras, nesses vazios surge a saudade que me prende a você para sempre ou até o vazio não existir e dar espaço ao completo. Mas por enquanto, só por agora te amo, te amo, te amo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Com todo meu amor, tudo que foi sobre você.

Eu fui perdendo jeito, o tempo foi passando, fui esquecendo de mim e lembrando cada vez mais de você. Engraçado deveria ser ao contrário, não é? Você cresceu de uma forma tão grande aqui dentro, e não adianta dizer que não. Eu quero sim, eu preciso sim o não, não é pra mim, seria tão oposto. Tudo aqui ainda é seu, sei que você deve estar pensando que nunca quis nada, e não espero que queira, eu também não quero muita coisa, na verdade eu não escrevo pensando em pedir nada, eu nem sequer penso que você vai ler. Escrevo porque é uma forma de ficar bem, de tirar tudo isso daqui. Eu te prometo que será a última vez, está na hora de acabar, será o último desabafo. Eu escolhi esse nome porque era justamente sobre mim, sobre mim em relação a você. Eu queria gritar, mas não podia, me sentia cada vez mais perturbado por não ter você ao meu lado, quando eu mais precisava sentir você, ter você, respirar você, foi essa a única maneira que eu encontrei pra escapar. E não escapei, só deixei essa loucura de lado, fui mascarando todo meu amor, tornando ele eterno em palavras e permanente em solidão. Com todo meu amor, por tudo sobre você, eu te digo que foi eterno enquanto foi seu, mas será inteiro quando nada for.

domingo, 29 de maio de 2011

Esquecido

Já não me lembro mais de muita coisa, coisas que eu não queria ter perdido ou sei lá, deixado pra trás. Não sei mais como é o cheiro das flores, eu estou pisando nelas, mas não as sinto, de forma alguma. Não me lembro se era o tom ou o ritmo que era perfeito, poderia também ser a letra, mas eu desaprendi como se canta, se é que um dia eu soube. E em meio dessa vontade de lembrar eu me pergunto o porquê de continuar seguindo, se eu já não sinto e nem se quer sei se existiu um caminho certo. E como vai ser quando chegar os espinhos? Eu desviarei ou pisarei com passos firmes? Eu sentirei? Calma, lenta, com uma batida ao fundo que pulsava, contraia, pulsava, contraia e a letra: triste, melancólica e extremamente... Não sei, não quero, tento não me lembrar, como se fossem as lembranças que machucassem, como se acontecesse de verdade, e sim, era como no primeiro segundo estar e no seguinte não mais, mesmo eu não tendo certeza dos detalhes, mas era apenas a minha imaginação, porque não há mágoas pelo que aconteceu só pelo que poderia ter sido. Elas já tiveram cor um dia? As rosas... Elas já tiveram cor? Já me fizeram sorrir? E não adiantaria tentar lembrar, eu não saberia dizer qual é a sensação que o vermelho trás, ou qual é a diferença entre o rosa e o azul. Qual delas seria a cor preferida de um menino? Qual delas te (me) faria outra vez feliz? Era importante saber isso, aqui voltaria a ter cor e cantaria outra vez, só pra mim, esse lugar seria de novo só meu. Então não seria preciso achar a saída, uma porta de emergência, eu ficaria, mas aqui está cada vez mais escuro e tão só que quando eu sair os rastros que eu deixarei serão apenas saudades, se é que vamos lembrar disso também.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

É que eu ainda acredito nisso, ou pelo menos eu tento

Porque se faltar amor aí sim eu to fudido cara. E não é que eu esteja fazendo um drama, longe de mim, essa melancolia toda me enjoa. Essas coisas como “Se você for embora eu não sei como vai ser o meu amanhã” esse não sou eu. Não. Não. Por favor, que esse não seja eu. É que eu já tenho tão pouco, hoje, porque eu já tive muito e muito mesmo, pode acreditar. Essa cara feia, cara de fome, porque cara feia pra mim é fome, isso foi aparecendo depois, mas não é fome não cara, não é não. É coisa ruim. É traição. É lágrima. É medo. É insegurança. É o todo não amor, e se alguém falar que é normal passar por tudo isso está mentindo. E eu. E você. E a gente, a gente acredita e acaba ferrando qualquer um, e se ferrando junto, aí sim é normal, é rotina. Não! A gente fala que é normal pra sofrer menos, e sofre igual ou até pior, porque amanhã ou depois vai acontecer de novo. É rotina. E não ta tudo bem não, ta tudo uma merda, não adianta nem perguntar, mas se por um acaso você fizer isso, eu vou olhar bem no fundo dos teus olhos e vou dizer: “Está sim, pra falar a verdade ficou muito melhor desde que você se foi. Por que pra você não ta?”. E vai aparecer aquele sorriso forçado e eu vou torcer pra que saia um não dali, mas não vai sair, vai não, e o falso sorriso vai ser só em mim, o seu vai ser tão natural, tão perfeitinho. Chega de saudade, ela destrói qualquer um, esse sentimento de precisar de alguma coisa, de faltar algo nos leva a cometer as piores loucuras. Cara, não vai não, sabe que eu ando tão sozinho, eu prometo que amanhã vai ser diferente, não vai ter mais essa solidão, eu te prometo amanhã eu acordo bem, só que não me deixa sozinho. E se faltar você, se faltar você, eu não vou ser nunca eu. É por você que eu ainda estou nessa, e por esse amor que eu alimento e destruo todos os dias que eu ainda acredito nisso tudo. Agora vê se dorme, você precisa melhorar essa cara pra recomeçar, amanhã volta teu sorriso e tudo mais, eu te prometo.

domingo, 8 de maio de 2011

É só mais uma falsa verdade

"Admitamos que não houve nada, até agora. Mas e sua imaginação?"

Fazemos o seguinte: Esquecemos. Não que haja alguma coisa pra você esquecer, mas eu deixo esse amor, assim de lado e com o tempo ele próprio vai se esquecendo, e você? Essa coisa... Como é mesmo? “Carnal”, isso logo passa, tudo que não envolve um sentimento verdadeiro um dia acaba. E você diz: “Siga em frente, há um mundo bonito lá fora”. Seguir pra onde? Esqueça o que é bonito, perfeito, sei lá. Eu quero aquilo que não posso, aquilo que no dia seguinte vai me matar, mas que só por hoje vai me fazer sorrir com nunca. Eu estou falando de amor, desse seu amor que eu nunca conheci, e de bonito pra mim já basta ele. E não há, não é? Não há nada dele, nem que seja só um pouco, nada só meu? Então façamos o seguinte: Continue assim, eu não te conhecendo, não tendo se quer uma lembrança boba pra me fazer rir de vez em quando e sentir vergonha do quanto fomos ridículos, eu não lembrando o seu nome, que fique só em mim, na minha imaginação. E eu te imagino, bastante, não o seu rosto, não, isso nunca. Pense só como seria se eu te encontrasse por aí? Eu apenas te escuto, frequentemente, você chega e sussurra algo como que: “Eu demorei porque me perdi no caminho, mas agora estou aqui e vai ficar tudo bem, agora tudo vai ficar bem. Eu te amo”. Quimera. Isso é só mais uma fantasia e não há o que fazer.

domingo, 24 de abril de 2011

Que seja cada vez mais eu então

Não irei, ao menos por enquanto, mesmo que ficar seja quase uma auto destruição. O sol acaba de nascer aqui, é tão cedo, e continua sendo tarde demais, é totalmente clichê, eu sei. Eu gostava da noite, ela me deixava pensar, me fazia pensar – até no que eu não queria – Antes era tão bom deitar e sentir seu cheiro naquele meu velho cobertor, agora eu não já sei o que me causa, por mais que eu pense que seja coisa da minha cabeça, ainda sim ele está lá, quase que com a mesma intensidade, talvez usamos o mesmo amaciante. Era tão fácil jogar, era só uma questão de ficar ou não, e isso era tão indiferente. Agora tenho que prestar atenção em tudo, pra não mover a peça errada mais uma vez, apesar de achar que não existe erros quando é esse o assunto, são só tentativas que podem dar certo. Erro é muito forte, machuca mais. Então eu estou tentando me adaptar a essa nova maneira. Hoje eu sei que sempre antes de repetir sete vezes que seja doce, terei de repetir quantas vezes forem necessárias que seja forte pra não ter que derramar lágrima nenhuma depois. E não sobrou se quer vestígios do que fui, não que isso seja uma reclamação, em parte foi bom, em parte. Mas sabe? Filho da puta quem me tornou assim, é isso mesmo, e digo isso sem pena, da mesma forma que não tiveram de mim. Ah... O que foi? É só mais uma expressão suja que todo mundo está acostumado a ouvir. Não se sinta mal, amanhã tudo muda, amanhã o TEMPO já terá passado. Olha agora, ele já passou e você nem percebeu. É, é triste isso ele passa rápido demais, e antes que você diga alguma coisa: Não! Ele não cura nada, só nos faz acostumar, o que em minha opinião é ainda pior, porque por mais que não sinta como antes, a dor sempre vai estar lá. Alguns irão pensar que me dirijo a eles agora, outros pensarão que sabem de quem eu falo, mas eu digo que estão errados, que é apenas para mim, não existe um você exato aqui, só um eu. Foi o meu próprio eu quem me tornou assim, foi e não me arrependo. Há muito ainda o que mudar, há muito a aprender, assim com ainda cairão muitas lágrimas, mas também haverá sempre e sempre muitos sorrisos a serem dados e permanecidos. E prefiro deixar assim incerto. Eu penso num fim depois, amanhã quem sabe, hoje já é tarde. Ou seria cedo demais?

terça-feira, 19 de abril de 2011

Já é o bastante...

E talvez meu erro fosse apenas querer ser mais eu, estava enganado por querer isso. Havia o plano perfeito, cada detalhe criado, não existiam falhas, exceto ele ter sido feito pra mim. Não adiantava falar, explicar, muito menos dar um grito de desespero, estavam surdos, seguindo apenas para onde eu deveria estar. O que há de errado em ser você mesmo? Eu tinha minhas escolhas, eu ainda as tenho, assim como eu tenho minhas não escolhas, meus medos e meus sonhos. E não importa, não é? Nada disso faz parte do plano. Mas talvez meu erro tenha sido tentar ser o melhor pra você, e não bastava, não fazia parte da perfeição. Sabe, eu não sou você, e nem quero. Eu sou apenas eu, apenas eu, e pra mim já é o bastante. E seria capaz de entender isso? Porque eu realmente acho que não é um erro, eu só acho que é...É pra ser.

domingo, 10 de abril de 2011

E fim.

Chega uma hora que não existem desvios, não existe nada após a curva. Chega uma hora que você não quer ter que sorrir, porque não está tudo bem, quer que venham as lágrimas, é que se você as esconder só vai arranjar mais uma maneira de não ser você. E para. Mesmo sem querer, mas para. É como se todo movimento fosse apenas uma falsa tentativa de escapar de alguma coisa como o nada. Incansavelmente tentando sempre e incansavelmente desiste. E sente. Um novo medo, talvez o velho, a falta de você, de tudo que se perdeu e do que não se teve. E é possível sentir falta do que não existiu? E não sente. Já que não há o que sentir, se parar pra pensar começa, imagina e então sente, aí vem à dor, o amargo, o nó e não vem o que se precisa. E cai. E levanta. E cai. E levanta. E cai. E cai. E cai. E até quando se consegue levantar? Até quando continuar caindo? Então chega o inverno, o outono, o verão, a primavera, não necessariamente nessa ordem, e não necessariamente uma estação, mas novamente o ciclo esquecido e começa. E recomeça.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

E agora sou eu, a procura de um outro eu, em mim mesmo.

"E um dia depois da tempestade, quando menos pensar, sai o sol"

Como se fosse pra ser tudo observado, analisado e mesmo assim incompreendido. Tudo sem pressa e ao mesmo tempo uma vontade de se entregar e dizer: ”Vem. Vamos ser felizes, o único risco são as lágrimas, mas isso a gente da um jeito, a gente esquece”. E digo isso a mim mesmo, pra não ter erro, pra não ter falta, nem vontade demais. Deixaremos então tudo pronto, cada parte perdida no seu devido lugar, sem dor, sem feridas, cicatrizes existem sim, mas elas nos ajudam a crescer, nos mostram as nossas “falhas” numa possível tentativa de felicidade. Às vezes caímos, às vezes somos empurrados com tanta força, e levantamos, sempre e por mais estranho e óbvio que isso pareça, descobrimos que o chão não é um bom lugar pra se ficar, ele é frio e tão só, mas ele sempre vai estar lá pra nos apoiar, pra recolhermos os cacos e seguirmos. Vem, vamos ser felizes, o único risco vai ser se encontrarmos, o resto já conhecemos e não há surpresas no que já se conhece, só há uma vontade de se levantar cada vez mais.

segunda-feira, 28 de março de 2011

E eu fico aqui, só esperando que passe...

Já é mais uma noite não inteira, sabe. Eu estava acostumado a te acordar, agora eu acordo toda vez pensando em você, e aquela sensação de me sentir um lixo que não saí de mim, eu estou no chão, ás vezes eu levanto, mas na maioria das vezes eu estou caindo. Tenho me alternado em momentos que eu sinto sua falta, falta do que nunca fomos, em outros momentos eu só quero te esquecer, tenho raiva por nunca termos sido de verdade e um completo nojo de você ou de mim mesmo, não sei, mas na maioria das vezes eu te amo tanto, tanto que vou me afundando a cada segundo mais um pouco. Droga! Como eu posso te amar mesmo depois de tudo? Eu disse que eu não me arrependo, que eu vou ficar bem, mas não é assim , se eu pudesse voltar atrás, eu nunca teria te conhecido, porque eu estava bem antes de você chegar, eu acreditava nisso. E agora? O que eu faço comigo? Eu confiei em você quando você disse que não ia me magoar, por isso me entreguei, mas o fim é sempre o mesmo, não é? É o mesmo vazio, o mesmo gosto amargo na boca, a mesma dor no estômago, aquele caminho sem volta e a mesma voz dizendo eu te avisei. E agora? Agora eu fico aqui mais uma vez nesse lugar já conhecido esperando que alguém me tire daqui e apague da minha memória o caminho de volta.


"A gente corre o risco de chorar quando se deixou cativar"

sexta-feira, 25 de março de 2011

Deve ser um pouco insanidade também

Deve ser o frio, ou é apenas uma lembrança nesses dias em que nada da certo, mas me bateu aquela sensação ruim da solidão, aquela falta de ar de quando se percebe que errou mais uma vez. É como querer continuar sem rumo, sempre com medo, acho que sempre sozinho também. Tenho acordado constantemente, toda noite só pra ver se você vai estar ao meu lado, mas não está. Estou lendo sua carta mais uma vez, porque eu não consigo chegar ao ponto final, é que se eu terminar vou perceber que estamos longe. Talvez um dia a gente sinta falta um do outro, nessas horas do dia em que não tínhamos o que fazer e ficávamos por horas nos olhando, talvez. Ou talvez você nem se lembre mais disso. Às vezes eu me esqueço também, mas é porque quero, é que eu já sei como é chorar, já sei o quanto dói acreditar em uma mentira, em uma ilusão, pelo menos isso eu aprendi com essas coisas que a gente chama de cicatrizes, o resto que ficou foi insegurança. Sabe já não há mais sonhos, nem pesadelos, só o vazio das noites que eu tento dormir, o amanhã que nunca chega, ele parece não existir sem você, mas ele vem, cheio de angustias, saudades, lágrimas, mas ele vem. Ele vem.

terça-feira, 1 de março de 2011

Resposta

É a mudança. Acho que tenho andado meio distraído com tudo isso, se você estivesse aqui iria reparar no pouco de tinta que deve ter respingado no meu cabelo. Não sei se você esperava por essa resposta, mas é que ontem quando eu recebi sua carta coincidentemente eu escutava aquela música, que por sinal também não era de Roberto. Era um dueto de Marcelo e Mallu, exatamente como nós dois “Eterno ou o não dá”, lembra-se agora? Na verdade não houve coincidência, ela é a única musica que eu escuto desde que peguei aquele avião, e sempre espero a continuação saindo das nossas vozes. Não deveria estar te dizendo isso, mas até agora eu não descobri se eu voltarei a sorrir sabendo que você está feliz sem mim. Me atrevo ainda a dizer que sinto sua falta a cada frame de segundo desse filme que na minha memória nunca parou de rodar. Memória! Você tem razão ela nos prega cada peça, por um acaso me lembrei dos nomes que os nossos filhos teriam, você sempre ria da minha cara por eu ter essas vertigens, mas eu gosto delas, elas me fazem acreditar em algo que já não é tão real quanto eu esperava. De vez em quando ao entrar em meu quarto imagino você lá me esperando, mas por ser tarde já vai estar dormindo, então fecho a porta sem fazer muito barulho deito ao seu lado passando a mão lentamente entre seus cabelos, daquele jeito que você gostava e se arrepiava inteira, porém tenho que lembrar de fazer isso com cuidado, porque sei que se você acordar não vai mais estar ali e assim ao seu lado consigo dormir a noite inteira sem medo, longe das dúvidas e dos males lá de fora. Você sabe que eu não gosto muito de escrever, de falar sobre mim, deve ter sido esse meu erro. Mas é isso, não é? Eu deixo você partir, mesmo não sendo o que quero, é apenas o correto a ser feito. Eu com toda certeza sou um estrangeiro, entretanto ainda não estou acostumado com essa distância, eu sei que vou me adaptar, é que no momento eu ainda estou perdido, é só mais uma questão de tempo. Vou te contar um último segredo, estou me mudando para aquela casa-barco que ficamos quando estive aí, acho que não vou ficar lá, seria muito cruel para eu estar lá sem você. Mas vai passar, tem que passar. Adeus e se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder como disse esse mesmo escritor. Te amo hoje e sempre. PS: Castanhos, meus olhos são castanhos, estranhamente iguais aos seus.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pra você

Hoje te vi triste, novamente, como no dia em que nos falamos pela primeira vez, só que agora era por minha causa. Desde quando nos conhecemos acho vinha buscando um defeito em você, uma razão pra eu partir, só que até agora não encontrei. Sabe aquele medo que eu disse pra você perder? Eu também o tenho, mas de um jeito diferente, eu fico me escondendo, fugindo do que sei que vai me fazer feliz, porque eu parei de acreditar no amor, quer dizer, eu achei que tinha, então você apareceu e tudo que eu havia prometido a mim mesmo se perdeu por aí, mas por algum motivo eu não quero encontrar. Eu só queria que você soubesse o quanto me faz bem ouvir sua voz antes de dormir, e o quanto me faz mal saber que estamos tão distante nessas horas. Eu sinto sua falta a cada segundo que eu percebo que minha respiração está normal, a cada momento que eu não percebo o jeito que meu coração está batendo, é por isso que eu resolvi te entregar aquilo que você diz ser perfeito em mim, ele está meio machucado, mas se você cuidar dele, ele melhora com o tempo, o mesmo tempo que eu e você estamos ignorando pra finalmente começarmos algo bom e sermos felizes, ele ajuda de vez em quando, ele me ajudou, fazendo com que eu esperasse por você, para que assim a gente comece junto o que talvez possa ser um final feliz...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Talvez o nada possa ser um (re)começo

Senti medo, senti saudade, senti uma dor incontrolável e senti falta de você. Por tanto tempo foi assim, preso nesse ciclo, sozinho ou querendo ser só. Me deram amor e eu joguei fora. Me deram tudo e eu fui correndo atrás do nada. Chorei, (me) enganei, tive as piores crises de amigdalite, é porque foi isso que eu aprendi com o amor, ele te deixa fraco e no meu caso me deixou sem imunidade. Até eu começar sentir falta de mim, do meu sorriso, do meu ego grande que se tornou mais uma mentira e depois de tudo isso agora eu estou bem. Eu gosto da sensação que é o nada, não o nada que eu sempre falo, mas não precisar de nada, dormir só pensando em dormir, sonhar com coisas estranhas que só eu acho graça e de te olhar e não sentir nada, quer dizer eu sinto alguma coisa quando te olho, sinto falta do tempo que perdi, de tudo que deixei e do meu amor que eu desperdicei, porque foi muito e eu não sei se vai ser meu novamente, pra simplesmente eu poder amar, mas se ele for eu só espero que não seja igual, mas também se não for, eu estou bem, eu finalmente sou eu e sabe eu nem penso mais em tirar minhas amígdalas.

domingo, 30 de janeiro de 2011

...

Presa na minha loucura, que me obrigava ter você, eu me perdi de uma parte que era eu.

Sem perceber simplesmente me dei às costas e comecei a correr na direção contraria de onde eu estava e eu me via louca atrás de você, sem conseguir te alcançar nunca completamente. Eu parada sem poder fazer nada para que eu correndo parasse. Foi agonizante eu parada vendo correndo, caindo, batendo a cara no muro, sangrando, quase sem conseguir mudar um passo, mas a vontade de continuar era interminável. Eu parada não me importava com você, no entanto eu correndo não me ouvia mais, porque eu correndo acreditava que um dia ia chegar a algum lugar mesmo tendo só o vazio a sua frente. Eu parada admirava a coragem do meu que corria, chorava e se esperneava de tanta raiva de tanto berrar, de tanto correr, de tanta dor. Eu parada também sentia, sentia pena e um pouco de dor por não poder fazer nada por mim, foi quando eu parada vi que não corria mais, vi que o eu que corria não conseguia mais voltar e então eu parada comecei a correr. Peço desculpas para o nada que sobrou de mim. E a você, obrigada.


(Taciane Vieira)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Até a Terra do Nunca

Não. Não é não acreditar, é tapar os ouvidos pra tudo que não é necessário saber, tudo que vai acabar te fazendo mal, como uma criança que não quer ter seus sonhos rasgados só porque são impossíveis ou porque a pessoa que ela mais confia não existe, e não existe mesmo. Eu fui aos poucos descobrindo que somos feitos de sonhos, possíveis ou não, e sempre que um sonho acaba precisamos recomeçar outro pra não cairmos na solidão que é fechar os olhos e não ter nada, ou de repente abrir e ter tudo, e perceber que na verdade o tudo já não existe, não basta. Você apenas tentou ou nem isso. E o que acontece depois? Acho que crescemos e nos tornamos tão hipócritas que tudo aquilo que um dia nos fez feliz, já não é tão importante assim, substituímos por mascaras, pela falta de sermos nós mesmos, por sorrisos tão falsos que mais parecessem uma fotografia mal tirada que vai ser posta num desses porta-retratos artesanais, provavelmente você faça isso para parecer estar melhor quando for olhá-las e pra que ninguém lembre que por mais que você queira você não é mais uma criança com um sorriso bobo estampado o tempo todo, seus sonhos infelizmente não se refazem tão de pressa, e quando se refazem estão de volta na estaca zero, mas ninguém te dará uma força para elevá-lo, não agora. Acho que um dia, talvez.

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