sábado, 31 de julho de 2010
E assim o pequeno príncipe deixou de existir...
(Lucas Ribas)
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Um tempo para o fim
A lua está tão bonita que eu nem parei pra prestar atenção no que acontecia em minha volta. Já faz tanto tempo que você se foi e eu ainda continuo aqui esperando de alguma forma, não sei como, que você venha até mim e me de aquele ultimo abraço, novamente. A pior parte é saber que você não quis partir, no entanto eu estou aqui sozinho. Ontem eu acordei de um sonho bom, na verdade eu nem sei se era tão bom assim, pra falar a verdade eu não lembro, só sei que acordei sorrindo e seu rosto era a única imagem que me vinha à cabeça. Antes de dormir eu havia pensado em tudo, em como foi difícil aceitar, o quanto somos vulneráveis e inconstantes, um dia podemos sorrir e sem escolha nenhuma nesse mesmo lugar podemos chorar e eu ainda tenho muita raiva quando escuto alguém dizendo que vai ficar tudo bem, tudo vai passar, “O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO”, só que nada do que eu estou sentindo envolve a razão, nada vai passar e não vai ficar tudo bem, porque eu já não consigo te escutar. Voltando ao sonho, parece que eu consegui me lembrar, estávamos naquela praia em que fomos no verão passado, corríamos na areia, aí então eu olhei pra trás e vi que eram só as minhas pegadas que ficavam marcadas, você dizia que agora seria assim pra sempre e que eu devia me acostumar e tentar ser feliz, isso era a ordem natural dos fatos. Até você? Entenda as coisas já não funcionam do mesmo jeito, eu escolho o que eu sinto, você já não pode me obrigar a nada e como eu queria que pudesse. Você se foi, me deixou aqui sem saber o que fazer você não havia me preparado para isso, sei não é sua culpa, isso um dia iria acontecer com todos, mas não com você, não agora, não enquanto... Não, não, nunca.
Desde que você se foi eu tenho breves momentos de lucidez, o resto eu já nem sei. Ando sonhando muito, ontem mesmo sonhei que contava um sonho pra você, é engraçado não é? Será que não estou sonhando novamente? Acho que as pessoas estão me dopando, sei lá não paro de dormir. Não é por nada, agora a pouco eu tive a certeza que eu tinha visto você passando por mim, eu fui correndo e não era você, não fique brava, mas eu chorei um pouco. Acho que estou louco, me sinto completamente incompleto, algo dentro de mim quer seguir, continuar de onde eu parei só que a outra parte consegue ser mais forte me dominando, fazendo com que eu fique parado, esperando, esperando. Esperando o que? Se o que eu mais quero já não respira mais, já não pode está aqui e se eu der sorte quem sabe eu me junte a ela o quanto antes, não que eu deseje o fim, o meu fim, é que eu já não consigo estar aqui sem você, abrir os olhos todos os dias tem sido um fardo, já não quero ter que levantar, então segure minha mão e deixe que essa seja a ultima vez que eu irei dormir para eu conseguir seguir com você.
(Lucas Ribas)
Paixão com duas pedras de gelo
(Lucas Ribas)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Cartas de um suicida
Estava sentado em sua cama com aquele mesmo pijama que não tirava há dias, o livro ao lado da cabeceira marcando a mesma página que nunca terminara de ler e por o ultimo o espelho em sua frente mostrando a mesma face desesperada e escondida durante muito tempo dele mesmo. Já tentara sair daquele estado deprimente e sufocante, mas sua dor era insuportável e por algum motivo, talvez o fato de ter sido ali seus últimos momentos de alegria, aquele lugar o deixava preso e ainda trazia breves momentos do seu melhor êxtase. Não comia, não bebia, já tomara todos os remédios possíveis desde as mais fracas aspirinas até o pior de tarja preta, só que no seu caso nada mais fazia efeito. O telefone tocava, pessoas chegavam e saiam e ali ele ficava sem falar nada, sem mover um olho para ver o que acontecia. Há semanas atrás nem o mais intimo dos seus amigos iria dizer que ele ficaria desse jeito. Não era ele o dono do sorriso que aparecia até mesmo nas manhãs de sábados quando era obrigado a acordar? Ninguém ousaria a julgar aquele rapaz cujos olhos ainda demonstravam a mesma inocência de uma criança ao rasgar uma nota de cem reais. Não percebera, mas estava cada vez mais se entregando para onde nunca queria ter chegado, onde só os fracos são carregados da mesma forma que ele era puxado. Ele não queria, mas não tinha onde se segurar estava só, lembranças, dores eram seus únicos apoios firmes e assim sendo o talvez o fim não fosse tão ruim, quem sabe poderia ser a melhor parte daquela história que nem ele mesmo sabia que estava escrevendo. Estava sentado em sua cama com aquele mesmo pijama que não tirava há dias, o livro ao lado da cabeceira marcando a mesma página que nunca terminara de ler e por o ultimo o espelho em sua frente mostrando a mesma face desesperada e escondida durante muito tempo dele mesmo e somente aguardava o que já estava acontecendo.
(Lucas Ribas)
terça-feira, 20 de julho de 2010
Sem convicção
(Lucas Ribas)
A cigana
(Lucas Ribas)
domingo, 18 de julho de 2010
Post Scriptum
Always looking down at all I see
E foi assim que eu caminhei para algum lugar, claro que no tropecei varias vezes, mas eu nunca desisti, há não ser agora. Tenho me enganado por tanto tempo que até as minhas coisas mais simples estão sem sentido. Ter percebido que seu cheiro ainda não saiu de mim, ter sentido sua falta mais uma vez e que eu ainda preciso de você está me destruindo aos poucos. Tudo está acontecendo tão igual ao antes, só que não vou ficar aguardando alguém que só existe pra mim, já te esperei uma vez e me machuquei bastante, agora pela segunda vez não, estou vivo demais para deixar que alguém seja feliz por mim. Eu quero me arrepender, com eu quero, mas só das coisas que eu fiz, pelas coisas que me deixaram feliz, não por algo que eu deixei passar enquanto eu tentava agarrar o ar. Talvez seja esse o meu problema ter esperado pelo impossível e assim fui deixando minhas loucuras de lado, fui parando de querer, acreditando em cada palavra que você dizia, mas não, você só estava sendo você, era eu que devia ter prestado atenção nisso. Eu nunca disse pra ninguém, mas com você eu tive a minha melhor e pior noite e tem sido assim desde sempre, porque com você eu consigo sonhar mesmo estando num pesadelo, eu tenho a sensação que a qualquer momento eu posso cair, ou não eu já estou no chão, é por isso que eu preciso tanto me levantar. Não me entenda mal, eu não quero sua pena, na verdade eu só quero ficar sozinho, sei lá... Quem sabe assim eu consiga te esquecer, é que eu já sofri demais e eu preciso reaprender a sorrir, não é sua culpa, como você mesmo disse essas coisas não escolhemos.
(Lucas Ribas)
sábado, 17 de julho de 2010
Alô
(Lucas Ribas)
quarta-feira, 7 de julho de 2010
As jujubas vermelhas
(Lucas Ribas)
O Vazio
(Lucas Ribas)