sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Até a Terra do Nunca

Não. Não é não acreditar, é tapar os ouvidos pra tudo que não é necessário saber, tudo que vai acabar te fazendo mal, como uma criança que não quer ter seus sonhos rasgados só porque são impossíveis ou porque a pessoa que ela mais confia não existe, e não existe mesmo. Eu fui aos poucos descobrindo que somos feitos de sonhos, possíveis ou não, e sempre que um sonho acaba precisamos recomeçar outro pra não cairmos na solidão que é fechar os olhos e não ter nada, ou de repente abrir e ter tudo, e perceber que na verdade o tudo já não existe, não basta. Você apenas tentou ou nem isso. E o que acontece depois? Acho que crescemos e nos tornamos tão hipócritas que tudo aquilo que um dia nos fez feliz, já não é tão importante assim, substituímos por mascaras, pela falta de sermos nós mesmos, por sorrisos tão falsos que mais parecessem uma fotografia mal tirada que vai ser posta num desses porta-retratos artesanais, provavelmente você faça isso para parecer estar melhor quando for olhá-las e pra que ninguém lembre que por mais que você queira você não é mais uma criança com um sorriso bobo estampado o tempo todo, seus sonhos infelizmente não se refazem tão de pressa, e quando se refazem estão de volta na estaca zero, mas ninguém te dará uma força para elevá-lo, não agora. Acho que um dia, talvez.

3 comentários:

  1. "Como uma criança que não quer ter seus sonhos rasgados só porque são impossíveis."

    Muito, muito, muito bom!

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  2. Aiii, acho essas coisas todas de um certo modo tão tristes, mas tão verdadeiras. ^^'

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  3. É a realidade, nua e crua realidade. Felizes são os que conseguem deixa-la de lado.

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